As novas tecnologias nos surpreendem a cada nova geração. É inegável que o amplo compartilhamento das inteligências artificiais têm provocado transformações profundas na forma como enxergamos e interagimos com o mundo ao nosso redor. – conforme autores tais tais e tais
Porém existe um problema significativo na relação entre o ser humano e a tecnologia: a alienação tecnológica. Trata-se do desconhecimento sobre o funcionamento das ferramentas que estão cada vez mais integradas à nossa cultura e ao nosso cotidiano. Essa alienação parece seguir um gráfico ascendente, especialmente nas periferias sociais e econômicas, tanto em contextos locais quanto globais. Esse cenário evidencia uma desigualdade crescente no acesso ao conhecimento técnico, agravando a exclusão e dificultando a apropriação dos benefícios tecnológicos por parte dessas comunidades. – dados?
Me vem à mente Zaratustra, refletindo sobre como a ciência, em sua busca pelo conhecimento, pode facilmente se transformar em um “novo deus”, erguendo seus próprios dogmas e absolutismos. E, seguindo seus passos, sua “filha”, a tecnologia microeletrônica, parece trilhar o mesmo caminho, cercada por mistérios e idolatrias. Surge então a pergunta: como podemos desmistificar esses “deuses modernos”?
A resposta talvez esteja na educação, que pode desempenhar um papel central nesse processo de desmistificação. É por meio do questionamento e do entusiasmo que conseguimos abrir as caixas pretas que escondem o funcionamento dessas ferramentas que moldam nosso mundo. A educação, ao promover a alfabetização científica e tecnológica, não apenas revela o que está oculto, mas também empodera os indivíduos para que eles compreendam e questionem as estruturas que os cercam.
Ao estimular o pensamento crítico e o desejo de compreender o “como?” e o “porquê?”, a educação abre caminhos para que deixemos de apenas em consumir tecnologias passivamente, passando a usá-las como um instrumento de transformação. Nesse sentido, desmistificar a tecnologia não é desacreditá-la, mas libertá-la.
Essa ideia nos leva a pensar, nas IAs periféricas – isso é um conceito que você criou? ou de algum autor que você está citando?, que retiram o desenvolvimento tecnológico apenas das mãos de poucos e colocam nas comunidades o poder de criar tecnologias que reflitam suas próprias vivências e culturas. Pensar no desenvolvimento de IAs pelas pessoas que as utilizam é imaginar um mundo onde as escolas, por exemplo, se tornam laboratórios criativos, capazes de desenvolver inteligências artificiais alimentadas pelos pensamentos, histórias, frases e experiências das pessoas na comunidades que elas estão inseridas. – tem exemplos de projetos ou literaturas que respaldem?
É lindo imaginar o potencial de uma IA construída nas universidades públicas do Brasil, baseada em suas produções acadêmicas, debates e diversidade cultural. IAs que tenham como base as ideias, saberes e vozes dos pesquisadores dessas instituições, indo além dos padrões homogêneos que muitas vezes predominam nas tecnologias atuais. – não seria interessante falar dos mestres e mestras, lideranças comunitárias, que estão entrando na universidade como notório saber? trazer exemplos concretos como Vó Cici, Dona Dalva do Samba, Cacica Japira, entre outras? eu tirei eurocentricos pois os padroes sao mais norteamericanos do que qualquer outra coisa…
É lindo pensar, crianças nas escolas utilizando IAs que carreguem o pensamento e a força das autoras negras, IAs que, ao invés de reproduzirem desigualdades, sirvam como ferramentas emancipatórias, promovendo justiça social e empoderamento.
O desenvolvimento de IAs pelas pessoas que as usam permite ver a tecnologia como uma extensão das nossas histórias e lutas. Afinal, as IAs sem as pessoas não seriam nada, pois todo o pensamento e conhecimento que elas utilizam vêm da natureza e das experiências humanas. – não seria interessante aqui dar algum exemplo?
Com uma maior democratização espero que meu próximo pensamento ao invés de trazer apenas Nietzsche eu traga também dona Maria. Quem é dona Maria? Não teria sido interesante cita-la antes no texto?