Cruzamentos e percepções sobre Igi Lola Ayedun e o Projeto “Há muito venho sonhando com imagens que nunca vi”
A artista Igi Lólá Ayedun desenvolve imagens a partir de sonhos e fantasias que ela tem, apresentadas em sua série “Há muito que venho sonhando com imagens que nunca vi”, onde Igi produz imagens sem o auxílio de câmeras fotográficas. Ao visualizar as obras de Igi, tive uma sensação daquilo me parecer “familiar”, como se eu já tivesse imaginado ou sonhado algo parecido, uma memória desbloqueada. Ao mesmo tempo que para mim remete ao futuro, também me faz lembrar do passado. A presença do indígo, como destaque nos olhos, nas roupas, nas peles negras. O índigo me traz sensações e emoções, como canta Gilberto Gil na sua música “Índigo Blue”: De onde os efeitos gozosos/ Das ondas de prazer se propagarão.
Processo de um sonho, uma fantasia, 2022/23, Igi Lólá Ayedun.
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Igi Ayedun transita por Londres, Brasil e Benin, refletindo em seu trabalho processos afrodiaspóricos, representatividade e identidade. Convidando o público à sua “versão de mundo”, uma humanidade que sempre foi invisibilizada, ressignificando e trazendo pessoas pretas ocupando quaisquer espaços sem delimitação. É perceptível em suas obras a denúncia de problemas sociais e estruturais que atravessam nossa comunidade. O questionamento de artes de África e outros lugares do mundo em galerias e museus consumidos por pessoas brancas e europeias.”Como assim vocês estão falando de arte diaspórica sem a gente?”, questiona a artista.
Processo de um sonho, uma fantasia, 2022/23, Igi Lólá Ayedun.
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